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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Centenário da Banda 1. de Setembro de Cascatinha (nossa homenagem)





Centenário da Banda de Setembro de Cascatinha


Fundada em 1910, a Banda do Clube Musical 1º de Setembro, de Cascatinha comemora o seu centenário com programação especial durante todo o mês de setembro. Regência do Maestro Clever Costa de Castro.


12/09 - Domingo, às 11h, Missa em Ação de Graças ao Centenário da Banda, celebrada pelo Bispo Diocesano de Petrópolis, D. Felippo Santoro, na Igreja Sant’Anna e São Joaquim, Cascatinha.


Comemoração dos 98 anos de fundação da Banda 1º de Setembro de Petrópolis/RJ.
Teatro Santa Cecilia, 24/09/2008. (assista abaixo)












Banda 1º de Setembro de Cascatinha em apresentação na Praça da Liberdade em Petrópolis-RJ executando a peça Aniversary do song





PRIMEIRO CONCURSO DE BANDAS DO BRASIL É PETROPOLITANO (Club Musical 1. de Setembro , é claro)




"O concurso de bandas de música instituído pelas deliberações municipais nº 3 de 25 de novembro de 1904 e nº 23 de 4 de setembro de 1905 despertara extraordinário interesse. Havia, na época, três bandas de música em plena forma, disputando a preferência do público: a do Clube Leopoldo Miguez, a da Fábrica da Companhia Petropolitana e a do Clube Filhos de EUTERPE.Note-se que, naquela ocasião, a banda de música constituía, a bem dizer, o único recurso dos adeptos da musa EUTERPE, já que as orquestras rareavam e o gramofone era antes um instrumento de suplício, do que de divertimento. E as bandas, correspondendo ao interesse popular, se associavam a todas as comemorações públicas, tocavam nos bailes, davam retretas e, não raro, desfilavam a pé pelo logradouro público, ao som dos mais vibrantes dobrados e marchas e acompanhadas, em cortejo, pelos seus adeptos.

Como tudo aquilo era sentimental e deve fazer palpitar os velhos corações dos sobreviventes que já são poucos, de época tão pitoresca!

O grande concurso deveria ser realizado a 31 de dezembro de 1905 na praça da Liberdade, inaugurando o coreto ali construído pelo

Clube dos Diários e por ele oferecido à Municipalidade, o mesmo que, embora em outro ponto, lá se encontra. Mas as chuvas que, no fim de 1905 e princípio de 1906, seriam terríveis, provocaram o adiamento. Finalmente, a Câmara Municipal resolveu marcar, em definitivo, o

certame para 6 de janeiro de 1906, no coreto da praça, se houvesse bom tempo, ou no Cassino Fluminense, caso persistisse a chuva.

Chegou, finalmente, o ansiado 6 de janeiro de 1906, um sábado, dia de Reis. E a chuva caia torrencialmente!

Entretanto, o povo não fica em casa. À tarde, ha nas ruas o movimento dos grandes dias: roupas que só se exibem nas ocasiões solenes, rostos que só se escanhoam para as festas maiores, figuras que só vêm ao centro da cidade para as grandes cerimônias ...

Toda uma multidão calculada em três mil pessoas se comprime no vasto salão do Cassino. O simples olhar para aquela compacta e impaciente massa humana já é, por si só, um divertimento. Na platéia, os homens fumam nervosamente cigarros de todas as marcas,

charutos da pior qualidade e até execráveis cachimbos, enquanto que as senhoras, com o desagradável cheiro que impregna o ambiente, torcem, amiude, o nariz. E nos camarotes, onde avultam os bustos elegantes das damas da sociedade, onde cintilam olhos tentadores e

sorriem lábios de coral, vê-se, em primeiro plano, o dr. Arthur de Sá Earp, chefe da Municipalidade, imperturbável na sua pose de administrador emérito e orador de raça.

Depois, notam-se: a fisionomia do maestro Alberto Nepomuceno, cuja modéstia realça ainda mais o merecimento do grande artista que é; as bastas melenas loiras e o bigode à kaiser da figura simpática do maestro Max Niederberger, artista da raça dos Niebelugen; e ainda o avantajado maestro José Levréro, aplaudidíssimo regente da orquestra do Clube dos Diários – os três constituindo a comissão julgadora do concurso.

Mas o início do certame demora e o povo, impaciente, grita em côro o clássico “está na hora” e bate ensurdecedoramente com os guarda-chuvas no assoalho. Abre-se, enfim, o pano de boca do palco e rompe o Hino Nacional ouvido com respeito e, ao final, delirantemente aplaudido.

Ansiedade, dúvida e emoção pairam no ar!

Sobe ao palco a primeira concorrente, justamente a favorita do público: a banda do Clube Leopoldo Miguez, sob a direção segura do maestro Bernardino Viana. Executa um “pot-pourri” da ópera Salvador Rosa, de Carlos Gomes, como número de livre escolha; e a “Marcha do Concurso”, de Paulo Carneiro, como número obrigatório. Estrugem palmas de todos os lados.

A Banda de Cascatinha é a segunda a se apresentar, fazendo-o de maneira brilhante sob a batuta firme do maestro Mariano Marchioro.

Há muitas palmas, menores, porém, do que as recebidas pelo Clube Leopoldo Miguez.

Agora é a vez dos Filhos de EUTERPE sob a orientação proficiente do maestro Teodoro Eckhardt. Sem se apresentarem mal, sente-se, porém, que são os concorrentes mais fracos.

Termina, aí, a festa. O resultado do julgamento, só será conhecido dentro de três dias. O povo se retira vagarosamente, dando sua opinião, emitindo palpites ...

E, lá fora, continua a chover!

A decisão do júri só foi conhecida na noite de 9 de janeiro. A princípio, sob a forma de boato que muita gente não acreditava: ganhara a Cascatinha! ...

Mais tarde, viria a confirmação: Cascatinha em 1º, Leopoldo Miguez em 2º e EUTERPE em 3º.

Ninguém pôs em dúvida a lisura do julgamento, nem a competência dos juízes. Mas o certo é que o resultado decepcionou a maioria. A banda do Clube Leopoldo Miguez era, na época, o orgulho da cidade e seu adeptos nunca tinham admitido a derrota ante os modestos cascatinhenses.

Mas lá estava o laudo justo e inexorável:

“a) A Comissão, considerando a execução que foi dada as diversas peças, resolve dar o 1º prêmio à Banda de Música da Fábrica da Companhia Petropolitana. Se bem que a formação desta banda não satisfaça “in-totum”, pois ha um desequilíbrio nas massas, predominando por demais os metais sobre os naipes de madeira – os clarinetes – já chamados por Berlioz “os violinos das bandas”, a uniformidade do seu diapasão impõe-se e dá-lhe superioridade sobre as outras, aliás mais bem equilibradas, tal a Banda do Clube Leopoldo Miguez.

b) A Comissão resolve classificar em 2º lugar a Banda de Música do Clube Leopoldo Miguez, cuja organização inteligente deve receber especial menção. Infelizmente a discrepância na afinação foi sensível mas madeiras, sendo, talvez, causa o instrumental de fabricantes diferentes, causa esta que escapa aos cuidados do diretor da banda.

c) Em 3º lugar a Comissão classifica a Banda de Música do Clube Filhos de EUTERPE.”

Dando por finda sua tarefa, os três ilustres membros da Comissão Julgadora se congratularam, de maneira muito simpática, com Mariano Marchioro, Bernardino Viana e Teodoro Eckhardt, os regentes das três bandas pela proficiência de que deram prova, pedindo à Câmara Municipal que desse aos mesmos conhecimento da resolução justa e espontânea da Comissão.

E assim terminou o concurso que Alberto Nepomuceno, Mas Niederberger e José Levréro afirmaram ter sido o primeiro, no gênero, realizado em todo o país. Emocionou o povo bom e simples da época e foi lembrado com saudade, durante anos, pelo geração petropolitana de 1906."

(Texto de Gabriel Kopke Fróes)







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